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'A retomada do comércio ainda está muito tímida', afirma presidente da CDL

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Foto: Reprodução 

Em entrevista, nesta segunda-feira, ao programa Direto da Redação, da TV Diário, a empresária Marli Rigo abordou o momento econômico vivido pelo comércio de Santa Maria em função da pandemia. Dona da loja de vestuário La Marli, ela presidente a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL). Confira a entrevista completa:
  

Diário -Como está a situação do comércio em Santa Maria neste momento?
Marli Rigo - O mês de março praticamente não existiu para o comércio. Ficamos três semanas fechados, e retomamos, mas não vem acontecendo da forma que a gente esperava. Estamos encarando de forma positiva esse freio das pessoas, a também queremos saber se as pessoas estão tendo consciência de não sair de casa, só sair se estritamente necessário, ou se o consumo realmente mudou. Estamos na semana que antecede a Páscoa e acredito que hoje estamos nos reinventando e ressignificando as coisas na vida. Acho que a prioridade neste momento para as pessoas, e para nós, efetivamente, é que de fato aconteçam as vacinas, que são a salvação das pessoas. Que a saúde seja priorizada. As notícias de aglomerações, festas clandestinas, nos preocupam. Muitas idosos estão indo para os hospitais com a doença que é trazida pelos jovens. Nunca trabalhamos com expectativa negativa, mas as vendas ainda estão muito tímidas. Mesmo depois de reabrirmos as portas, as pessoas não estão vindo para o consumo.

Diário - Qual a expectativa para os próximos meses e as datas especiais, com o Dia das Mães?
Marli - A grande realidade das empresas, sejam pequenas, médios ou grandes, independente do segmento, com o tempo em que ficamos parados, a gente a longo prazo, talvez, consiga se recuperar. Os fornecedores não param de cobrar, as contas não param de chegar, as despesas com folha de pagamento não param. O oxigênio está acabando. É humanamente impossível achar que em pouco tempo iríamos superar essa fase. Mas vamos superar sim, com o tempo, com cuidado. E todas as datas são importantes, a Páscoa também, mas neste ano está sendo diferente. Vai ser um pouco mais enxuta, como tudo está sendo.

Diário - Como a senhora avalia os auxílios para o setor empresarial por parte do poder público?
Marli - Qualquer ajuda é sempre bem-vinda. As propostas para a área da alimentação ainda estão passando por aprovação. Mas sempre penso que não há dignidade maior para o ser humano do que ele ter o seu trabalho, a sua fonte de renda, a sua sobrevivência por si próprio. É boa a intenção, mas o melhor seria que nós encontrássemos e pudéssemos ter uma boa empregabilidade, um horário mais estendido, que não houvesse aglomeração. Não conseguimos entender sobre deixar os restaurantes funcionando só até as 18h, se isso não causa, talvez, uma aglomeração maior se ficasse aberto até a meia-noite. 

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